quarta-feira, 10 de abril de 2013

Distrito de Santarém ultrapassa os 32 mil desempregados







A União dos Sindicatos de Santarém (USS), afecta à CGTP-IN, alertou para a existência de 32 mil desempregados no distrito onde, na última década, terão desaparecido 20 mil postos de trabalho. “No final do mês de Fevereiro, tendo em conta os desempregados e desocupados, o distrito [de Santarém] contava com mais de 32 mil trabalhadores desempregados”, revelou a USS, considerando “preocupante” que a subida de 9,3% em relação ao mesmo período do ano passado.


Com base em dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a USS considera Santarém, com 4.242 desempregados registados, um dos concelhos onde “os números se tornam mais preocupantes”, seguido de Abrantes, com 3.409 desempregados, Tomar (2.845) e Benavente (2.572).


O sector da construção é apontado pelos sindicatos como o mais afectado, registando 3.670 desempregados, ou seja 14,9% do desemprego registado em todo o distrito.


Em conferência de imprensa, a USS divulgara um estudo efectuado pela CGTP-IN sobre a situação económica e social no distrito de Santarém no início deste ano. Com base em dados de vários organismos nacionais e regionais o estudo refere a perda de 20 mil postos de trabalho entre 2000 e 2010 afectando sobretudo” a agricultura e pescas, a indústria e a construção”.


O documento dá ainda nota da perda de “28 extensões de centros de saúde entre 2001 e 2009” e o fim do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de vários centros de saúde. Os sindicatos consideram igualmente “preocupante o encerramento de escolas públicas” no distrito.


A perda de serviços estende-se serviço público de correios, com o encerramento, entre 2005 e 2011 de “19 estações de correio sem que fosse garantida alternativa aos munícipes pelos CTT, substituindo as estações por contratos de serviços com pequenos comerciantes”.


O “empobrecimento do poder local democrático”, com a fusão de freguesias e o “baixo nível de protecção social” no distrito, que em 2012 somava mais de 96 mil pensionistas da segurança social, são outras das preocupações apontadas no estudo divulgado pela USS.




Um panorama que leva a União de Sindicatos a apelar à participação na marcha contra a precariedade, que vai passar em Santarém na sexta-feira e culminará em Lisboa no sábado, para “dar a voz ao povo e mostrar mais uma vez que o povo não só não está conformado, [como] não quer continuar a empobrecer”.





Fonte: Mirante


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