Álvaro Santos Pereira conduzia a sessão de apresentação da reforma do programa Impulso Jovem, quando foi interrompido por um grupo de quatro jovens com cartazes a exigirem emprego com frases como “trabalho, sim; estágios não”, “queremos trabalho” e “Governo rua”.
“É por isso que estas iniciativas são tão importantes”, respondeu Álvaro Santos Pereira aos protestos, sublinhando o apelo exibido por um cartaz levantado por um dos quatro jovens que o interromperam. “Estes jovens têm toda a razão quando dizem ‘queremos trabalho’”, reforçou o governante.
Álvaro Santos Pereira deixou ainda um balanço das políticas de emprego jovem em 2012, apontando terem sido registadas 18.404 candidaturas ao programa Impulso Jovem, das quais 11.391 aprovadas. O ministro referiu ainda terem sido apresentadas 11.000 candidaturas a estágios, das quais mais de 9 mil aprovadas.
Os apoios às empresas, como o reembolso da Taxa Social Única em resposta à integração de jovens desempregados recebeu 4.000 candidaturas, das quais 2.000 foram aprovadas, e as ajudas à internacionalização suscitaram o interesse de 2.200 empresas.
A reforma do "Impulso Jovem" aproxima o programa português do programa europeu "Garantia Jovem" e das recomendações da União Europeia, sublinhou Santos Pereira.
O programa apoiará a partir de agora a empregabilidade dos jovens através de quatro vias: por via dos Estágios Emprego; com a diminuição dos custos associados à contratação de jovens, através do reembolso da taxa social única e do estímulo 2013; com o apoio do empreendedorismo como uma via alternativa a vertente mais tradicional de trabalho por conta de outrem; e com o apoio da qualificação profissional dos jovens através da formação profissional.
O Conselho de Ministros aprovou no início de junho de 2012 o programa "Impulso Jovem", que envolve mais de 344 milhões de euros.
A taxa de desemprego jovem está em 40,7%, contra 24,2 na zona euro, segundo dados do Eurostat relativos ao primeiro trimestre do ano.
Fonte: Lusa
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