Fenómeno verifica-se com maior gravidade ao nível das pequenas e médias empresas, sobretudo da indústria transformadora. Outros dez mil trabalhadores têm salários em atraso.
A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) revela que subiram os casos de subsídios de férias e de Natal em atraso. Os dados apontam para cerca 68% nos primeiros nove meses do ano.
De acordo com a ACT, no final de Setembro existiam 10 mil trabalhadores com salários em atraso, num valor estimado em 21.300 milhões de euros, dos quais 6,1 milhões dizem respeito a subsídios de férias e de Natal em dívida.
Em declarações à Renascença, o inspector-geral, Pedro Pimenta Braz explica que estes casos não são pontuais e fala em atrasos de mais de dois meses. “São situações estruturais que se prolongam para lá de 60 dias”, refere.
O fenómeno verifica-se com maior gravidade ao nível das pequenas e médias empresas, sobretudo da indústria transformadora, acrescenta o inspector-geral.
Pedro Pimenta Braz considera que este é um reflexo da crise empresarial, que leva muitas empresas a falharem também no pagamento das obrigações às finanças e à segurança social.
O inspector-geral sublinha que o conhecimento destes casos resulta das acções inspectivas. As empresas com salários ou subsídios em atraso são notificadas, mas a ACT não tem meios de resolver a situação, tendo o caso de seguir para o tribunal.
Fonte: Renascença
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