Foi apresentada no dia 10 de janeiro a estratégia de intervenção para a regeneração do Centro Histórico (CH), fruto do trabalho de levantamento, cruzamento de dados e auscultação de vários atores locais, um trabalho desenvolvido ao longo de mais de 2 anos por equipas multidisciplinares que trabalharam propostas sectoriais para as áreas do Estacionamento, Comércio e Espaço Público.
A estratégia global, apresentada pelo consultor Augusto Mateus, assenta em três pilares: Centro Comercial a Céu Aberto; Condomínio Residencial e Centro Cultural e Criativo.
Na sessão de apresentação, com a presença maciça de público, Augusto Mateus elencou um conjunto de propostas, aconselhando a que possam agora ser trabalhadas numa parceria ativa entre a Câmara e outros agentes locais, com o objetivo de combater os sinais de desertificação e aproveitar as oportunidades já existentes para revitalizar o coração da cidade: “para ser um centro com habitantes jovens, com comércio diferenciador e com espaços públicos atrativos”, valorizando também os recursos endógenos que o rodeiam, referindo o exemplo do rio Tejo.
Tendo em conta a situação do país e numa altura em que se aguarda a preparação do próximo QEC – Quadro Estratégico Comum -, a Câmara avança para já com as medidas menos dispendiosas mas que visam melhorar a imagem do CH e facilitar a vida a quem aqui vive, trabalha ou passeia.
Em matéria de mobilidade, colocará em prática já a partir de março as novas estratégias para o estacionamento e a implementação no espaço público de novo mobiliário urbano, nomeadamente esplanadas, papeleiras e totens com indicação de direções de lojas e serviços. Para facilitar a atividade dos comerciantes, a Câmara acabou de aprovar um conjunto de isenções de taxas.
Partindo da estratégia apresentada, a Presidente da Câmara elencou um conjunto de projetos em desenvolvimento ou a serem trabalhados na área do CH. Projetos como a residência de estudantes no edifício onde funcionou o Centro de Emprego, o centro de saúde e os serviços da segurança social na antiga garagem da rodoviária, a nova galeria de arte no antigo quartel dos bombeiros e a reabilitação de algum património, são projetos que avançam no terreno com recurso a financiamento da própria Câmara e, sempre que possível, com recurso ao ajuste direto para apoiar as empresas locais. A obra do novo Mercado Diário será retomada muito em breve e após a sua conclusão, os serviços locais da Administração da Região Hidrográfica do Tejo irão ocupar o edifício onde funciona provisoriamente o Mercado, junto a vários serviços públicos. Já projetos como o restauro do Convento de S. Domingos para a primeira fase do MIIA ou o parque de mercados e feiras, no Vale da Fontinha terão de aguardar financiamentos externos.
Maria do Céu Albuquerque anunciou que a Câmara vai incentivar a ocupação de espaços devolutos no CH, para projetos comerciais e culturais inovadores, em que a autarquia se propõe assegurar os primeiros seis meses de renda.
As apresentações podem ser consultadas em www.cm-abrantes.pt
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